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Foto do escritorIsabelle Zanoni

Extrato de própolis



Ao longo da história, o homem apreendeu a utilizar os produtos naturais na medicina. E a própolis tem sido usado como substancia terapêutica desde a Grécia Antiga, devido às suas propriedades curativas.

A própolis é uma mistura complexa, coletada pelas abelhas dos ramos, flores, pólen, brotos e exsudados de árvores; além desses, na colmeia as abelhas adicionam secreções salivares.

Muitos trabalhos têm sido publicados divulgando e revisando as propriedades biológicas da própolis como, excelente antimicrobiano, antifúngica, antiprotozoária, antiviral, além de exercer grande atividade antioxidante.

Mais de 300 componentes já foram identificados diferentes amostras de própolis, dentre eles: flavonóides (como a galangina, quercetina, pinocembrina e kaempferol), ácidos aromáticos, ácidos graxos, fenóis, aminoácidos, vitaminas A, B1, B2, B6, C, E e PP (encontradas na própolis de origem francesa), minerais como Mn, Cu, Ca, Al, Si, V, Ni, Zn e C. Sendo assim, própolis a fonte mais rica de flavonóides entre os vegetais.

Ela possui ação protetora hepática e das células pancreáticas e ajuda o processo de destoxificação na fase II. A atividade anti-inflamatória observada parece ser devida à presença de flavonóides, especialmente galangina.

Foi demonstrado que os flavonóides, quercetina e kaempferol, também encontrados na própolis, elevam a concentração de glutationa reduzida (GSH) intracelular que consiste em um componente-chave do sistema antioxidante celular, desempenhando papel crucial na proteção do estresse oxidativo. O fígado representa o principal local de síntese de GSH.

A quercetina melhora o metabolismo lipídico ao afetar fatores coordenadores do metabolismo lipídico, como PPARα, PPARγ e adiponectina. A inibição da lipogênese e a estimulação da oxidação dos ácidos graxos pela quercetina também contribuem para a melhoria do metabolismo lipídico.

A própolis também tem atividade anti-stress, diminuindo os transtornos do sono, atividade imunomodulador e antitumoral.

Para adultos a recomendação é de extrato de própolis em meio alcoólico, com extrato seco mínimo acima de 10%. Já para crianças é indicado extrato de própolis em meio aquoso. As quantidades são individuais. Procure um profissional nutricionista para ajudá-lo.

Texto escrito baseado em artigos científicos, por: Giulia Gamberini, graduanda em nutrição pelo Centro Universitário São Camilo.

Referências:

CHANG, Chia et al. Kaempferol Regulates the Lipid-Profile in High-Fat Diet-Fed Rats through an Increase in Hepatic PPAR α Levels. Planta Medica, Nova Iorque, v. 77, n. 17, p.1876-1882, 4 jul. 2011.

GUIMARÃES, Carlos. Produtos oriundos de origem animal. In: _____. Nutrição Ayurvédica. Belo Horizonte: Alis Editora, 2014. p. 364, 365.

LUSTOSA, Sarah R. et al. Própolis: atualizações sobre a química e a farmacologia. Revista Brasileira de Farmacognosia, João Pessoa, v. 18, n. 3, p.447-454, set. 2008.

WIER, Bregje van de et al. The potential of flavonoids in the treatment of non-alcoholic fatty liver disease. Critical Reviews In Food Science And Nutrition, v. 57, n. 4, p.834-855, 21 abr. 2015.

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