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  • Foto do escritorIsabelle Zanoni

Veganismo

A preocupação com o bem-estar animal iniciou-se no século XVIII na Inglaterra, e resultou na criação, em 1824, da Sociedade pela Prevenção da Crueldade aos Animais.

Em 2013, 9% da população brasileira era vegetariana: (17,5 milhões de pessoas)


Apesar do termo “vegetarianismo” se referir a abstenção de animais na dieta, alguns vegetarianos, conhecidos também como ovolactovegetarianos, consomes produtos de origem animal, como: leite, ovos e mel, já outros são vegetarianos restritos e se alimentam por dieta baseada somente em grãos, frutas e verduras.

Entenda as diferenças e os tipos de alimentação vegetariana e como podem ser classificadas:

  • Ovolactovegetariana – exclui carne e pescado, permite ovos e laticínios

  • Lactovegetariana – exclui carne, pescado e ovos, permite laticínios

  • Ovovegetariana – exclui carne, pescado e laticínios, permite ovos

  • Vegetariana estrita e vegana – exclui todos os alimentos de origem animal

Devido a isso, foi criado em 1944 pelos fundadores da Vegan Society: lsie Shrigley e Donald Watson o termo "vegano", para se diferenciar daqueles que se alimentavam de derivados de leite e ovos.


Portanto, pessoas que se posicionam contra qualquer modo de exploração animal, seja pelo trabalho forçado com eles, testes para progresso da ciência, lazer, utilização destes como fonte alimentar ou também como parte de processos ou produtos, são conhecidos como veganos/ vegans.


O veganismo não se atém a uma forma de dieta, mas a um estilo de vida atrelado aos direitos animais.


Infelizmente o veganismo ainda não é compreendido por grande parte da população e por muitas vezes é enxergado com preconceito, por pessoas que possuem resistência ao novo e consideram pessoas veganas como "extremistas" ou "rebeldes".


É direito do vegano:


1. direito de liberdade – como fundamento e justificativa dos demais direitos;

2. direito à igualdade e à não discriminação;

3. direito à alteridade e uma filosofia de vida – numa expressão máxima de exercício de direitos culturais;

4. direito de consumo.


Como já dissemos o Vegano, não utiliza nenhum produto derivado de animal, nem em sua dieta e nem em sua vida, como por exemplo:

  • carne vermelha, peixes, aves (e seus derivados), insetos, moluscos, crustáceos,

  • banha,

  • leite e derivados,

  • queijo,

  • ovos,

  • mel,

  • couro,

  • gelatina (exceto a de origem vegetal),

  • seda, peles, couro, lã, camurça

  • pérolas, plumas, penas, marfim,

Contudo uma dieta que não tem a orientação ou instrução de um profissional habilitado pode apresentar falhas nutricionais, seja em micro como em macronutrientes.


Uma dieta vegana, elaborada por um nutricionista é nutricionalmente equilibrada, e deve disponibilizar a ingestão e biodisponibilidade apropriada de vários nutrientes, mas principalmente de: proteína, gorduras essenciais, vitamina B12, vitamina D, iodo, ferro, cálcio, vitamina B12 e zinco (pois a deficiência destes é prevalente naqueles que não realizam uma dieta correta).

A ingestão desses nutrientes pode ser consumida via alimentação, seja por alimentos enriquecidos ou suplementos alimentares, sendo que a dieta também deve levar em consideração o valor energético e a quantidade de água adequada para cada indivíduo, através de um cardápio que ofereça diversidade alimentar, redução das quantidades de sal, açúcar e gorduras saturadas. Dependendo do objetivo do treino da pessoa, hoje em dia já existem diversas e saborosas opções para a suplementação.


Referências:

SILVA, Sandra Cristina et al. Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. LINHAS DE ORIENTAÇÃO PARA UMA ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA SAUDÁVEL. Lisboa, Portugal; Jul 2015. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/80821/2/123855.pdf. Acesso em: 22 Fev 2016.

PAZZINI, Bianca. O veganismo como prática de justiça e igualdade: perspectivas descoloniais pela consagração de um novo direito. In: CONGRESO DE ESTUDIOS POSCOLONIALES, 2., 2014, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires: [s.n.], 2014. Disponível em: <http://www.idaes.edu.ar/pdf_papeles/Artigo.pdf>. Acesso em: 22 Fev 2016.

TANAJURA, Elis Andrade. Roteiro vegano: um guia sem crueldade de Brasília. 2015. 18 f. Monografia (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015. Disponível em: http://www.bdm.unb.br/handle/10483/11530. Acesso em 22 Fev 2016

TRIGUEIRO, Aline. CONSUMO, ÉTICA E NATUREZA: O VEGANISMO E AS INTERFACES DE UMA POLÍTICA DE VIDA. R. Inter. Interdisc. INTERthesis, Florianópolis, v.10, n.1, p. 237-260, Jan./Jun. 2013.

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